sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Clans of Caledonia

Século XIX, e Escócia faz sua transição de país agrícola para industrializado, com o aumento da população, a produção de alimentos e roupas também aumenta, e por conta de uma praga que contaminou a produção de vinho e brandy na Europa, o whisky escocês também estava sendo exportado em grandes quantidades, e os clãs estão disputando o seu espaço em meio a esse cenário.

Com essa premissa chega ao mercado brasileiro, Clans of Caledonia, trazido pelo Brasil pela Meeple BR ao mesmo tempo que está sendo entregue lá fora, ele foi sucesso via Financiamento Coletivo chegando a receber mais de 390 mil libras.

Como disse anteriormente, no jogo somos clãs crescendo territorialmente, aumentando nossa produção de bens básicos e manufaturados para cumprir demandas e terminarmos como o Clã com mais pontos de Glória.

Visão geral da mesa (na partida solo).

No setup inicial os jogadores escolhem seus clãs e com quais primeiros produtos vão começar o jogo, além disso são sorteados 5 tiles de pontuação para cada uma das 5 rodadas do jogo, então baseado nisso cada jogador já começa a traçar suas estratégias.

Cada uma das rodadas é dividida em quatro fases : preparação, ação, produção e pontuação.

A fase de ações é onde tudo acontece, cada jogador pode realizar uma série de ações até o momento em que escolhe passar (isso define a ordem do próximo turno, passa primeiro, joga antes).

No tabuleiro de cada clã, todas as pecinhas.

As ações são as mais diversas possíveis, negociar com o mercado, pegar um dos contratos disponíveis, se expandir pelo mapa, aumentar tecnologia e frota mercante, contratar um mercador e cumprir um contrato que você já tenha (além de passar).

Duas das ações são as mais bacanas em matéria de mecânica, a negociação com o mercado e a expansão pelo território.

Cada clã começa com dois mercadores, então a princípio você pode ir apenas duas vezes ao mercado para vender ou comprar produtos. Uma vez indo lá, se você compra ajusta o preço pra cima, se vende pra baixo, então os preços vão flutuando durante o jogo, achei muito legal.

Os contratos a serem cumpridos e as pontuações
de cada rodada para ficar de olho.

Já a expansão territorial lembra muito o Terra Mystica, você começa em um ponto do tabuleiro e pode ir se expandindo sempre adjacente a alguma outra peça sua no tabuleiro, e cada peça desempenha um papel na fase de produção.

Temos os mineradores e lenhadores que dão dinheiro, o gado que produz leite ou lã (e pode ser abatido para dar carne em alguma demanda), a plantação de trigo e os prédios que transformam esses bens primários em queijo, pão e whisky.

E assim o jogo segue pelas cinco rodadas, sempre com uma pontuação ao final de cada uma, até a rodada final onde temos pontuações especiais pelos povoados, bens recebidos nos contratos, e pelo clã que mais exportou, e no final quem tem mais Glória, ganha.

Com mais gente, ao encontrar outro clã pelo caminho
você pode comprar ou vender mercadorias.

Clans of Caledonia é daqueles jogos tranquilos de aprender e difíceis de saber jogar bem. O que investir, quando plantar ou passar para os prédios de manufatura, a melhor hora de ir ao mercado, tudo é muito custoso, você vai precisar de dinheiro e não vai ter, cara, o jogo é BRILHANTE.

Já joguei uma partida solo (que é bem divertida) e com mais gente, e as experiências foram muito legais e diferentes a cada partida, o jogo tem uma curva de aprendizado absurda e apesar de ser um euro que vaga ali entre o médio e o pesado a duração dele é  bem menor do que a maioria da mesma categoria, dando pra jogar mais de uma partida por sessão de boas (e você vai sentir vontade).

Ele entrou no meu HOT10 de 2017 e apesar de não ter virado meu preferido da safra apresentada em Essen desse ano (ainda acho o Rajas of the Ganges melhor) ele tá ali figurando entre os jogos mais legais do ano.

O mercado flutuante do jogo, muito inteligente.
Foto http://www.polyhedroncollider.com/


https://www.comdado.com.br/

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