sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Rajas of the Ganges

Uma das surpresas de Essen nesse ano, em Rajas of the Ganges somos marajás lutando por poder durante o século XVI, e para isso temos que agradar os membros do palácio, fazer comercio nas mesquitas, cruzar o rio Ganges e fazer melhorias na nossa província.

Criado pelos designers Inka e Markus Brand (mesmo casal do Village) durante uma série de rodadas nós colocamos nossos trabalhadores pelos espaços do tabuleiro para conseguirmos os benefícios deles e com isso irmos aumentando as trilhas de dinheiro e de fama.

Na sua vez de jogar, você pega um dos seus trabalhadores e aloca nos diversos espaços disponíveis do tabuleiro central, esses espaços vão te dando recursos (que aqui são dados em quatro cores diferentes), dinheiro, pontos, prédios para colocar na sua província entre outras coisas.

O tabuleiro principal e seus muitos espaços.

Uma coisa bastante legal que eu achei no Ganges, é a utilização dos dados como recursos. Toda vez que você recebe um dado você rola, e o guarda o resultado (em uma das mãos da estátua de Kali) e ao utilizar determinados espaços você precisa "queimar" um ou mais desses dados para chegar aos valores necessários, achei bem engenhoso e você tem várias formas de mitigar a sorte dos resultados.

Outro detalhe que deixa o jogo muito apertado, é que você começa com apenas 3 trabalhadores, o que limita pra caramba a quantidade de ações por rodada, mas você conforme vai avançando nas trilhas principais e no rio Ganges, pode pegar mais um trabalhador em cada uma delas e quem for conseguindo isso antes dos outros tem enorme vantagem em um jogo de "cobertor curto".

Destaque também para a província de cada jogador. Nós temos um espaço onde vamos colocando tiles, bem ao estilo Carcassonne, que vão levando a bônus que são dados se você consegue ligar o caminho desde o seu palácio até a borda desses.

Na sua província, espaço para brincar de Carcassonne.

Além dos bônus, os tiles são essenciais para quando você colocar trabalhadores nos espaços de mercado consiga avançar bem na trilha de dinheiro e também tem prédios que ajudam no avanço da trilha de fama.

O jogo avança sem uma quantidade de rodadas definido, o que dispara o final do Rajas of the Ganges é o momento onde a trilha de fama e a trilha de dinheiro que correm em direção contrária uma da outra e também tem avanços diferenciados e aparentemente bem equilibradas.

Ao se encontrarem termina a fase de alocação corrente termina e o jogador que conseguir a maior diferença entre as trilhas de dinheiro e fama é o vencedor.

Kali e os espaços para alocação dos dados de recurso.

Fiquei realmente surpreso com o Rajas of the Ganges, tinha a impressão de ser um jogo bacana, mas ele foi muito mais legal do que eu esperava, muito inteligente, com uma pegada de "maquininha" para fazer as coisas acontecerem e conseguir equilibrar bem os ganhos de fama e dinheiro, com alguma marcação entre os jogadores e "cobertor curto" (que é uma coisa que eu gosto nos jogos).

Ele foi, até agora, o jogo de Essen 2017 que eu mais gostei e apesar de graficamente confuso, depois que você se entende com o tabuleiro ele flui muito bem e é um euro bastante agradável.

O marcador de jogador inicial, o simpático elefante.

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