sexta-feira, 29 de setembro de 2017

The Oracle of Delphi


Em Oracle of Delphi, Zeus estava de bom humor e resolveu dar um presente a um mortal que mostrasse seu valor realizando 12 trabalhos em seu nome.

A premissa do último jogo do Stefan Feld é essa e o jogo é uma corrida para ver quem consegue realizar os 12 trabalhos (que variam entre erguer estátuas, matar monstros, fazer oferendas e construir templos) antes dos oponentes.

Temos um tabuleiro modular e um tabuleiro individual, onde consultamos os oráculos (rolamos dados), colocamos nossas cartas de dano, vemos o nosso valor de escudo e vamos crescendo e adoração aos deuses para recebermos suas ações especiais.

O mapa central com vários pontos para se passar.

No tabuleiro principal, fica Zeus e nossos barquinhos, durante o setup inicial rolamos os dados de oráculos para sabermos quais cores poderemos utilizar na rodada e quais deuses subirão na sua escalada para conseguirmos posteriormente o seu poder especial.

Na sua rodada os jogadores podem realizar algumas ações, algumas sem relação com a cor tirada (como pegar cartas de oráculo, pegar favores dos deuses ou olhar duas peças de ilha escondidas) mas a grande parte das ações depende da cor tirada nos três dados.

Aí nós temos ações de movimento, explorar ilhas, construir templos, pegar ou entregar oferendas, pegar ou erguer estátuas, descartar cartas de dano, aumentar o nível de algum deus e lutar contra monstros.

Zeus tá de bom humor e quer dar presentinho pra geral.

Algumas das ações são bem simples, só a lutar contra monstros é que depende mais de sorte, pois gastamos um dado para escolher o monstro, e depois precisamos rolar um dado para ver se o derrotamos, baseado na força dele subtraído ao nosso valor de escudo.

Mas como em todo bom euro com dados, existem diversas formas de atenuarmos a ação caótica dos dados, para isso temos cartas de oráculo com cores definidas, no combate podemos tokens de favor para conseguirmos novas rodadas de batalha (enfraquecendo o monstro) e também usamos esses tokens para mudar a cor dos dados (seguindo um rondel).

No tabuleiro de cada jogador, consultamos o oráculo.

The Oracle of Delphi vai rodando dessa forma, com todos alternando turnos usando suas ações, até que o primeiro jogador consiga realizar os 12 trabalhos e volte ao encontro de Zeus, se ao final da rodada apenas um jogador tenha feito isso, ele é o vencedor, em caso de empate existem critérios para resolver isso.

Eu sou fã do Stefan Feld e estava muito curioso para jogá-lo, apesar de ser um jogo bacana, acho que ele é muito repetitivo e demora mais do que deveria (jogamos a versão curta com 8 trabalhos, o jogo fica ideal assim), vale para conhecer, mas não sei se esquenta estante não.

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Jogo bom tem que ser divertido?

Jogo de tabuleiro é pra divertir e entreter.

Outro dia alguém da fanpage da Boardgames Brasil levantou a bola sobre se todo jogo para ser bom tem que divertir, achei que valia escrever um pouco sobre isso e eis aqui minha opinião sobre o assunto.

Vamos partir do princípio de que as coisas que me divertem, não necessariamente vão divertir outra pessoa, passando isso pros jogos tenho vários exemplos de amigos que se divertem fazendo contas, pensando em probabilidades e outros que simplesmente se divertem em destruir a base inimiga.

Tendo isso como pensamento, o que podemos chamar de diversão nos jogos de tabuleiro?
 
Imagem & Ação, me divertiu por anos, hoje já não mais.

Desde tempos imemoriais, os jogos de tabuleiro são um instrumento de entretenimento, tanto para as crianças, quanto para adultos, e trazendo para minha realidade, já me diverti muito com WAR e Imagem & Ação, que hoje já não me divertem mais.

Nos jogos modernos vejo mesas se divertindo horrores com Munchkin, e ele é um jogo que me irrita profundamente, já outro dia passei quase 5 horas jogando Twilight Imperium 4ªed. me divertindo pra caramba.

Mas você vai dizer que são jogos totalmente diferentes, que não dá pra comparar se são bons e divertidos, então eu vou te dar dois exemplos : Caylus e Agricola.

Agricola é muito mais que Caylus (mas há quem conteste).

Ambos são worker-placement "raiz", só que uma partida de Agricola me diverte, eu termino uma partida dele querendo jogar de novo, enquanto eu não consigo jogar Caylus mais, o jogo me deixa entediado e torcendo para que acabe logo, mas não tiro o mérito dele.

O lance é que o jogo pode ser bom sem ser divertido, acontece muito, MAS pra mim jogos que divertem terão sempre primazia na hora de escolher uma partida, sendo assim é certo que eu vá sentar numa mesa de Pablo ao invés de uma de Tigris & Euphrates, mesmo sabendo que esse segundo é um jogão, mas pra mim ele é chato que doi.

Então, depois de escrever um monte, a minha resposta para o amigo do Face : Jogo bom deve ser divertido pra quem joga, a experiência tem que ser boa, se ele não for divertido pra ninguém com certeza ele não será bom.

Mas nem sempre todos se divertem jogando.

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Dice Forge


Vocês já devem ter ouvido falar em dice building, alguns bons exemplos são o Marvel Dice Masters e o Quarriors!, mas eles vão precisar de outra descrição depois de Dice Forge, esse sim é um dice BUILDING!

Em Dice Forge cada jogador começa com 2 dados com as mesmas faces, e precisa durante uma quantidade de rodadas (definidas pela quantidade de jogadores) fazer pontos, e para ajudar nesse processo você pode comprar cartas ou comprar faces para seus dados e melhora-los.

Área de cada jogador, dados, cartas e marcadores!

As rodadas são extremamente simples, os jogadores todos rolam seus dados e ajustam seus marcadores de ouro, sol, lua e pontos, dependendo do que saiam nos dados, aí o jogador da vez faz as suas ações.

São duas ações possíveis, a primeira fazer uma oferenda aos deuses. Essa é a ação que faz do Dice Forge um jogo único.

Nessa ação o jogador gasta ouro para comprar uma ou mais novas faces para o seus dados, podendo assim ir otimizando resultados fazendo upgrades de cada uma das 12 faces iniciais.

 
Aqui você pode comprar novas faces para os seus dados.

A segunda ação é fazer um ato heroico. Nessa ação vamos até o display de cartas, onde temos disponíveis 15 cartas que vão ajudar aos jogadores a fazerem pontos, a terem melhor desempenho na hora da obtenção de recursos pelos dados, entre outras coisas.

Para isso você vai com o seu peão até o lugar escolhido, paga os recursos e pega a cartinha em questão. Essas cartas tem quantidades limitadas, então é legal você se planejar para pegar as melhores para não dar chance aos seus adversários.

E simples assim, você tira uma e coloca outra.

E o jogo é isso, no final das rodadas definidas os jogadores somam os pontos que ganharam durante a partida aos pontos de cartas, e quem tiver mais pontos é o vencedor.

Dice Forge é daqueles jogos que agradam muito, regras simples, alguma interação entre os jogadores, arte muito bonita, produção caprichadíssima, sem necessidade de ler os textos (tudo bem iconizado), é o típico jogo que faria sucesso no mercado nacional, agora é só esperar alguém trazer.

As cartinhas que te ajudam a pontuar, tudo lindão!

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Twilight Imperium 4th Ed.


Um fim-de-semana com a pessoa que você ama, assistir a trilogia do Senhor dos Anéis estendida, ler o seu livro preferido de novo, acompanhar seu time do coração ser Campeão do Mundo e uma partida de Twilight Imperium são experiências que você tem que ter na vida.

Eu sou fã do jogo desde que joguei a primeira versão e depois com a terceira ele virou uma das experiências lúdicas mais completas desde que eu voltei aos jogos de tabuleiro, o único problema, é que cada partida demorava em média de 6 a 8h, o que afasta um pouco (pelo menos a mim) de jogá-lo tantas vezes quanto eu gostaria.

Então quando a Fantasy Flight anunciou no mês passado a quarta edição falando que o jogo tinha ficado mais enxuto, bem, é claro que eu fiquei super animado, não só por ter um dos melhores jogos de todos com uma roupagem nova, mas com a possibilidade de conseguir jogá-lo em menos tempo, e ontem rolou a primeira partida e eu vou falar um pouco dessa experiência pra vocês.

Começando o jogo, no seu home-system.

Twilight Imperium é um jogo-evento, onde cada jogador comanda uma raça que tenta se expandir pelo universo, e para isso precisa colonizar novos planetas, arrumar encrenca ou fazer política com as outras raças, avança seu conhecimento com novas tecnologias, enfim, um 4X com todos os seus elementos.

O jogo funciona inicialmente em três fases distintas, a Strategy Phase, onde os jogadores vão escolher os papeis que usarão, a Action Phase, onde efetivamente fazemos as ações do jogo e a Status Phase onde verificamos se cumprimos algum dos objetivos, ganhamos cartas de ação e outras coisas.

Um dos grandes baratos do Twilight Imperium são essas cartas, são 8 Strategy Cards que você usa para as mais diversas ações dentro do jogo : Ganhar novos tokens de comando, evitar que algum sistema seu seja invadido, escolher as agendas políticas, fazer construção de novas Space Docks e PDS, produzir bens de troca, conseguir maior maleabilidade com tokens, fazer novas tecnologias e ganhar ponto durante Action Phase.

Muitas cartinhas, muitas figura, muito amor!

Essas cartas são a alma do jogo, e assim como no clássico Puerto Rico, além da ação principal, permitem que os outros jogadores façam ações secundárias que lhes darão benefícios também, e para isso uma boa distribuição entre os tokens de comando (que você usa para ativar sistemas, quantificar sua frota e para usar as secundárias) é muito importante.

Outras ações mais "simples" são feitas sem as cartas. Movimentação, invasões, produção entre outras, também são feitas durante a Action Phase e fazem com que o jogo aconteça, que as porradas apareçam e que planetas sejam conquistados.

Uma adição bacana da quarta edição foi a inclusão de uma quarta fase à partir do momento em que o planeta centra (Mecatol Rex) seja dominado por alguém, essa é a Agenda Phase, e coloca uma fase política ao jogo que torna bem importante ter planetas que te forneçam influência para poder participar ativamente e não ficar prejudicado em alguma das duas votações que sempre acontecem.

Um mapa para 3 jogadores, partida de pouco mais de 4h.

O jogo vai evoluindo dessa forma até que um dos jogadores faça 10 pontos ou até que não se consiga abrir mais nenhum objetivo público e aí o jogador com mais pontos ganha.

As diferenças da 3ª edição para a 4ª fizeram com que o Twilight Imperium ficasse mais fluido, com algumas coisas bem sutis e outras mais contundentes, mas que mostraram que em mais de 10 anos entre uma versão e outra praticamente todas as arestas que tinham para serem cortadas, fossem cortadas.

O jogo melhorou em tempo, produção, beleza e jogabilidade, e hoje é sem dúvida o 4X definitivo para você ter na sua coleção.

As vezes, a porrada é sangrenta!

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Dead of Winter


O apocalipse zumbi está rolando, o inverno chegou e você faz parte de uma colônia de sobreviventes tentando sobreviver e completar objetivos comuns, mas situações extremas fazem com que as pessoas as vezes olhem para o próprio umbigo e esqueçam dos outros.

Com essa premissa, Dead of Winter, lançado no Brasil pela Galápagos Jogos, é um jogo cooperativo onde todos jogam com um objetivo comum e um objetivo pessoal, só que ele também traz a figura do traidor, que pode ou não aparecer, mas deixa o jogo tenso por não sabermos se ele existe.

As regras são simples, no início do jogo cada jogador vai receber uma quantidade de sobreviventes (que vão dar dados de ação), separamos o cenário que vamos enfrentar e quantas turnos teremos para cumprir o objetivo comum à colônia, depois disso cada turno se alterna entre a fase dos jogadores e a fase da colônia.

Na colônia várias informações : crise, lixo, objetivo, etc.

Na fase dos jogadores são reveladas cartas de crise, que são geralmente situações ruins que precisamos resolver para não perdemos moral (quando a moral da colônia chega a zero, todos perdem), depois todos os jogadores rolam seus dados e realizam as ações disponíveis.

Essas ações, podem ser atacar os zumbis (ou sobreviventes), fazer barricadas, limpar o lixo (cada carta usada vai pro lixo, se chegar a uma quantidade grande de lixo a moral cai), jogar cartas, usar habilidade dos sobreviventes, votar para exilar um sobrevivente, doar cartas para resolver a crise entre outras.

O Dead of Winter tem tabuleiros separados para cada localidade (com cartas especiais para cada uma delas) e o tabuleiro da colônia, e em cada localidade você pode encontrar coisas determinadas, então é sempre legal pensar bem para onde enviar seus sobreviventes de acordo com os itens que você precisa conseguir.

Nas localidades tentamos coletar itens importantes
e sobreviver aos ataques zumbis.

Além da crise, dos objetivos, dos zumbis, e do traidor, ainda temos as cartas de encruzilhada, essas cartas vão sendo abertas pelos jogadores e só são ativadas quando algum gatilho seja disparado, aí antes de continuar o jogo essa carta deve ser resolvida.

Depois de terminada a fase dos jogadores, vem a fase da colônia, onde precisamos alimentar os sobreviventes, verificamos se tem lixo demais, resolvemos (ou não) a crise, chegam zumbis, vemos se o objetivo principal foi resolvido e andamos com o marcador de turno.

Na área dos jogadores, a cartinha referente a cada
sobrevivente e os dados de ação.

O jogo segue até que a moral ou o marcador de rodadas chegue a zero (onde todos perdem) ou quando a colônia consegue realizar o objetivo principal, aí os jogadores que conseguiram completar seus objetivos pessoais ganham, caso contrário, mesmo que o objetivo geral seja atingido, aquele(s) jogador(es) perde(m).

Eu demorei muito para conhecer o Dead of Winter, mas agora ele entrou na lista de grandes jogos com tema de terror (possivelmente me fazendo mexer no Top3), ele é bem imersivo, tenso, e mesmo na versão onde sabemos que não tem traidor, temos que ficar cuidando da colônia para não diminuir a moral, tudo muito sinistro, fazendo com que ele seja um daqueles jogos que valem a experiência.

Eu achei a opção dos personagens cartonados mais
legal do que se fossem miniaturas, ponto pro jogo!


http://www.ludoteca.com.br/

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Princes of Florence



No início do século XVI, os jogadores são membros de famílias proeminentes da Itália e buscam artistas e estudiosos para aumentarem o seu prestígios e fazerem da sua família a mais importante.

Em Princes of Florence temos dois momentos distintos, num primeiro momentos são leiloados itens que serão utilizados na segunda parte da segunda fase dos sete turnos que compõe uma partida.

Nessa primeira fase são leiloados três prédios comuns (lagos, jardins e parques), cartas de arrendamento e de prestígio, peças de construtor e de bobos da corte.

Muitos elementos vão entrando durante o jogo.

Esse primeiro leilão é importante PRA CARAMBA, e é um dos mais punitivos dentre os euros "old-school", pois se você gasta muito pra pegar alguma coisa, ou não consegue pegar o que quer seguidamente, as chances de você ficar micado no jogo são bem grandes.

Na segunda fase, os jogadores se alternam em fazer duas dentre várias ações disponíveis, ações essas como construção de prédios, comprar liberdades e cartas bônus e o principal, fazer uma obra de arte.

O que faz o jogo rodar, é tentar em cada um dos sete turnos fazer essas obras, porquê a quando você faz uma delas ganha a quantidade de pré-requisitos para aquela obra x100, e esse valor você recebe em dinheiro e também pode transformá-los em pontos.

Na nossa área de jogo vamos colocando as construções.

O lance é que a cada turno, o pré-requisito para as obras vai aumentando, e ficando cada vez mais difícil, por isso um bom planejamento em relação a quais obras você vai fazer e quais elementos você vai ter no seu principado para ajudar na confecção dessas obras é super importante.

No final dos sete turnos os jogadores abrem as cartas de prestígio que foram adquiridas nos leilões e se cumprirem seus requisitos somam os pontos a trilha e o jogador com a maior pontuação é o vencedor.

Princes of Florence foi lançado em 2000 pela Alea como a quarta caixa da coleção Big Boxes pelos grandes Wolfgang Kramer e Richard Ulrich (mesma duple do El Grande) e é um daqueles jogos super punitivos, mas que uma vez dominado torna-se um dos grandes novos clássicos dos jogos de tabuleiro modernos.

É super importante pensar como construir para
conseguir mais descontos nas obras de arte.

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Near and Far


Em junho desse ano eu joguei o Above and Below e o jogo foi uma das grandes surpresas desse ano, aí eis que soube do lançamento do Near and Far, espécie de continuação e versão melhorada do anterior, e ao jogar percebi que o jogo é tudo isso e mais.

No Near and Far os exploradores precisam continuar sua jornada, mas diferente do seu antecessor esse tem vários tipos diferentes de modo de jogo, incluindo aí modo campanha e "arcade".

As regras diferem um pouco, você tem um personagem que funciona como um "worker" para mandar para as áreas da cidade, ou para mandar na jornada pelos diversos mapas do jogo.

O tabuleiro pessoal com várias informações.

Na cidade você pode contratar pessoas para te acompanhar na jornada, esses contratados vão melhorar seus atributos de exploração, de ataque e seu nível de "coração" que são os atributos que você usa durante sua jornada.

Ainda na cidade você pode comprar animais de carga (até 3) que te dão espaço para comprar cartinhas especiais, pode ainda ir nas minas para conseguir tesouros que te ajudam na compra das cartas maiores de pontos/efeitos (e que se acabarem na sua mão te reduzem pontos).

Já na exploração, você tem uma série de mapas com muitos locais, no início de cada partida você decide quais desses espaços terão encontros, mas tem espaços de pesquisa que te dão recursos, tem postos de comércio que vão te dar ponto, e você vai colocando suas barraquinhas pelo caminho, e as barraquinhas é que são o que marca se o jogo está para terminar ou não.

Na cidade você dá um "up" para poder partir para as explorações.

A parte dos encontros ainda é bem similar ao Above and Below, a diferença é que agora tem combates além só da exploração e na resolução dos encontros também tem textinho, o que torna a experiência ainda mais imersiva para quem curte jogos de storytelling.

Outra coisa legal, é que para quem tem menos tempo para jogar, pode optar pela versão mais "flat" que eles chamaram de arcade mode, onde tem um baralho de encontros sem textos, simplesmente "usa X pra ganhar Y" e vida que segue.

O jogo ainda conta com a versão de campanha onde os personagens vão evoluindo partida por partida, e que deve tornar a o jogo ainda MAIS bacana do que ele já é.

Durante as explorações, várias situações diferentes
para acompanhar.

Como disse anteriormente o jogo vai até que o primeiro jogador use todas as suas barraquinhas, aí contam-se os pontos ganhos por reputação, cartas, eventos subtraído dos pontos que você perde com as cartas que ficam na mão e quem tiver mais pontos ganha.

Near and Far consegue superar um jogo que já tinha me surpreendido e faz com que com a gente fique super ansioso para o lançamento dele pela Conclave!

O jogo é visualmente LINDO!

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Viral


Um dos maiores destaques na GenCON desse ano, Viral é um jogo de controle de área onde cada jogador é um vírus com a tarefa de se espalhar pelo corpo de um pobre "gajo" e com isso ganhar pontos vitais.

Para isso os jogadores dispõe de cartas com as zonas do corpo, e ações disponíveis para cada uma das doze rodadas (dentro de seis turnos de jogo).

Os seis turnos do Viral tem várias fases, na primeira são onde os jogadores efetivamente usam as cartas para infectar o corpo, primeiro escolhem uma zona do corpo e uma carta de ação, e pela ordem dos jogadores vão colocando seus marcadores, depois repetem esse processo, sem poder usar as cartas previamente utilizadas, o que deixa essa fase bem apertada.

Inicialmente suas cartinhas de ação e marcadores de vírus.

Uma vez que a fase de cartas termina, os jogadores recebem pontos pela dominância das zonas, para isso devem ter no mínimo um marcador em cada um dos órgãos, ao ganhar os pontos aquele vírus sobe no marcador de pesquisa.

Esse marcador é uma das grandes sacações do jogo, ao atingir o topo, aquele vírus é eliminado do corpo do paciente, e ao menos que ele seja um vírus mais forte (você pode fazer isso) você vai precisar começar sua infecção toda de novo.

Ainda tem a fase com cartinhas de mutação (com o tema muito bem aplicado e uma arte bacana), fase de crise (quando um órgão está muito infectado também há eliminação de vírus) uma rearrumação da ordem do turno (que também serve para resolver os desempates) e o turno acaba.

Eu acho que esse paciente tá indo de mal a pior!

O jogo é muito focado no que você pode fazer com seu deck de cartas, você começa com 5 cartinhas e pode receber durante o jogo mais 4 que são melhores que as iniciais (e darão pontos no final também), aí é que o jogo dá uma pecada.

Essas cartinhas são super importantes, com elas você vai colocar marcadores no jogo, vai proteger seus vírus, atacar os adversários, mover com eles pelo corpo (seguindo a corrente sangüinea, muito legal), incorporando os vírus dos adversários (outra ação bacana) entre outras.

Para receber essas cartas melhores você precisa passar na trilha de pontos por determinadas casas, o lance é que o cara que está em primeiro vai sempre escolher primeiro (uma vez que ele já está na frente), isso me deu uma incomodada e acho que era uma coisa que dava pra resolver e talvez incomode os jogadores mais "cascudos".

Conforme o jogo evolui, novas cartas de ação chegam.

Depois dos seis turnos do Viral, o jogo termina e contamos uns pontinhos das cartas e da presença nas zonas e quem tiver mais pontos é o vírus mais forte.

Viral é um jogo bacana, funciona bem com jogadores mais casuais e tem um apelo visual bem legal (o jogo tem ilustrações muito boas) com um tema diferente e muito bem encaixado ao jogo e vale olhar com mais atenção pra ele.

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Photosyntesis


O jardineiro é o Senhor, e as "árveres", somos nozes!! É isso, acaba que essa é a premissa do Photosyntesis, jogo que teve um hype enorme na GenCON desse ano e vem pela Mandala Jogos em breve.

Cada jogador tem um conjunto de árvores, que vem desde a semente, até uma árvore já crescida e que em algum momento irá morrer dando lugar para novos brotos crescerem.

O tabuleiro é um hexágono que a cada rodada vai receber a luz do sol para que você tenha pontos para realizar as ações do jogo.

Cada jogador tem sua cota de peças para colocar em jogo.

O brilhantismo do jogo começa aí, existem 4 estágios das árvores, semente, broto, árvore jovem e árvore madura, e à partir do broto é que você começa a receber pontos pelos raios solares.

o lance é que a cada movimento do sol, uma parte do tabuleiro é iluminada enquanto a outra fica mais escura, e as árvores maiores cobrem as menores fazendo com que o seu posicionamento no tabuleiro deva ser super bem calculado de modo com que você consiga sempre (ou na maioria das vezes) consiga um solzinho para conseguir trabalhar.

No Photosyntesis você só tem uma forma de pontuar, quando a árvore adulta sai do jogo, aí dependendo do seu posicionamento no tabuleiro, recebe uma ficha de pontos.

O tabuleiro fica lindo com as árvores plantadas.

Quando o sol termina sua rotação, um "ano" termina, e ao final de três anos o jogo acaba e além das fichas de pontos, os jogadores recebem um ponto para cada três pontos de sol não utilizados, e quem conseguir o maior somatório vence o jogo.

Photosyntesis é um jogo de regras simples, mas brilhante em toda sua concepção, pois ele consegue unir uma ideia original, muito bem implementada ao tema, visualmente lindo e num jogo que vai fazer você queimar sua cabeça para tentar dominá-lo.

Foi realmente uma surpresa muito boa e aposto que tem tudo para agradar dos jogadores casuais, aos mais cabeçudos.

Quando o próprio sol te ajuda a entender as regras.

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Ethnos


Num continente cheio de anões, elfos, trolls, gigantes e diversas outras criaturas, as batalhas por conquistas territoriais são sempre acirradas e você precisa saber tirar proveito de cada uma dessas tribos para conseguir se tornar o Lorde de Ethnos.

Anunciado pela Conclave Editora com um dos primeiros jogos da sua parceria com a Cool Mini or Not, Ethnos é um jogo de controle de área onde no início de cada partida escolhemos seis das doze tribos disponíveis para compor o deck de compra.

O jogo se desenvolve durante três Eras, em cada Era usamos cartas para colocar nossas peças no tabuleiro e assim conseguirmos dominância em cada uma das seis regiões do mapa até que as três cartas de dragão apareçam dando fim àquela Era.

Uma visão geral do tabuleiro de Ethnos.

Uma rodada em Ethnos é super simples, ou você compra cartas (tanto as expostas como do deck fechado) ou baixa as cartas para colocar uma peça em jogo.

Para colocar peças em jogo você segue umas regrinhas, baixa cartas seguindo um líder de uma das tribos em jogo, ou baixa cartas seguindo a cor que se referem a cada uma das regiões em jogo.

Outra regrinha a ser observada é que você SEMPRE deve baixar a quantidade de cartas maior do que a quantidade de peças suas na região a ser conquistada, isso faz com que conforme o jogo avance, fique mais difícil conquistá-las

Cada bando baixado, conta ponto no final das Eras.

O que faz com que o jogo tenha um "twist" interessante, é que cada uma das raças, tem um poder especial, então, ao definir a carta líder no seu bando, aquele poderzinho é ativado, o que faz com que tendo uma quantidade enorme de combinações, cada partida seja bem diferente uma da outra.

Ao final de cada Era, verifica-se a pontuação pela dominância e uma pontuação pela quantidade de cartas de cada bando que você usou, as peças de cada jogador se mantém para as Eras seguintes, no final de quatro Eras o jogo termina e quem tiver somado a maior pontuação é o novo Lorde de Ethnos.

O jogo é lindo, fluido, com um peso e duração que vão agradar a maioria dos jogadores, acho que ele vai fazer bastante sucesso nas prateleiras dos gamers brazucas.

As peças vão se empilhando, ficando mais difícil entrar.

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Lady Ludica

A galera enchendo o auditório da Game of Boards.

Neste último sábado, dia 2, rolou mais uma edição do Lady Lúdica, evento que chama as meninas a participarem mais do hobby, encontrando um ambiente amigável, onde espera-se que elas sejam respeitadas e tenham toda liberdade.

Essa foi a primeira vez que eu consegui aparecer, e a edição foi excelente. Foram mais de 180 pessoas, sendo que mais de 80 mulheres, além da presença delas, foi muito legal ver a quantidade de famílias inteiras participando.

Encontrando os amigos numa partidinha de Viral.

De todos os eventos que eu costumo participar, deve ter sido o com a maior quantidade de crianças que eu já presenciei, e todo mundo jogando, rindo, trocando ideias num espaço bastante agradável.

Foi muito bom rever amigos como o Fel Barros, que agora trabalhando em São Paulo fica complicado estar com ele, e fazia algum tempo que não sentava para jogar com ele (rolou uma partida de Viral que em breve ganha resenha).

Outra coisa bem bacana do evento, é que a cada edição as meninas fazem um posterzinho com alguma personagem forte da cultura nerd/geek, e dessa vez a homenageada foi a Hermione.

Parabéns às meninas da organização por mais um evento!

O ponto alto do evento, mais perto do final, são os sorteios, para as meninas, jogos, kits de beleza e para os meninos paçoquitas!!! Todos adoram.

Fica aqui o meu respeito e admiração às organizadoras do Lady Lúdica, que fazem do evento uma tarde super agradável, divertida e que se você ainda não conhece, coloque na agenda, pois mês que vem tem mais.

Se ainda não veio, se programe para o próximo!

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Tabuleiro Virtual : Through the Ages

Durante a GenCON o grande amigo Leonardo Rota-Rossi perturbou o próprio Vlaada e conseguiu acesso ao beta do app para um dos seus maiores sucessos, o Through the Ages, e agora ele fala um pouco da experiência com o jogo e o que podemos esperar. 

Through the Ages é um jogo bastante diferente: um jogo pesado de civilização, com quase tudo que você pode esperar num jogo desse tipo: população, produção, tecnologia, exércitos, eventos, eras e por aí vai.

Como eu disse, quase tudo: quando foi lançado, a grande polêmica: "Como assim, um jogo de civilização SEM MAPA? Não tem como ser bom!".
Mas é. Hoje catalogado no BGG com duas versões diferentes (a nova edição traz mudanças de regras suficientes para justificar uma segunda entrada e é a versão lançada no Brasil pela Devir), ocupa atualmente a 2ª e a 18ª posições do ranking de melhores jogos mesmo sendo um jogo com uma grande quantidade de coisas a controlar, com tabuleiros que mais parecem planilhas, cheio de marcadores, cartas, contadores.

E a CGE, editora do jogo, decidiu assumir o desafio de converter o jogo para versão digital, jogável em smartphones e tablets. E vou dizer: estão fazendo um bom trabalho.
A versão beta está bem redondinha, ainda com alguns problemas de consumo de energia e de interface, mas o ​ rodando muito bem. A interface é bastante intuitiva, e apesar da infinidade de fatores a serem controlados, eles ficam bastante acessíveis, onde você espera clicar.

Para quem já jogou, mesmo a interface não tendo muito paralelo com o tabuleiro, é muito fácil associar o que você está vendo na tela com os componentes do jogo. E para quem nunca jogou, o tutorial faz um bom trabalho de explicar como o jogo funciona passo-a-passo, sem sobrecarregar quem está aprendendo. 


O jogo está na fase final de desenvolvimento (tem data prevista de lançamento para meio de setembro), atualmente suporta single player com 3 níveis de AI, cenários pré-definidos (com desafios extras), e jogo em rede (inclusive com diversas opções de periodicidade: você pode jogar de forma síncrona, ou jogar com calma e ser notificado quando for sua vez de fazer uma nova jogada). Está previsto para o lançamento também suporte a pass-and-play. 

Essa postagem foi escrita pelo amigo Leonardo Rota-Rossi.