quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Resenha : Quissama


Faltando pouco mais de quatro dias para o término do financiamento do jogo Quissama, o projeto já atingiu mais de 130% do esperado, e agora é só bater mais metas até o final, e para ajudar o amigo Fel Barros fez mais uma das suas resenhas colaborativas aqui para o blog.

Quissama é um jogo do, até então ilustre desconhecido Ricardo Spinelli, mas que depois de um bate-papo, descobri que é gamer das antigas, fã dos euros e que colocou esse conhecimento no seu primeiro jogo.


O jogo ainda está no Catarse mas os componentes usados no protótipo são bem animadores, meeples de resina, um tabuleiro e um punhado de cartas. Além de uma arte bem legal, leve e colorida, típica de um euro leve.

Mecanicamente, o jogo é centrado em gerenciamento de cartas, uma das minhas mecânicas favoritas, forte interação entre os jogadores e o ponto alto do jogo e que me surpreendeu muito positivamente, objetivos expostos que precisam ser comprados ao longo do jogo e que te dão diferentes formas de ganhar o jogo, além de um poder especial bem forte. A sacada é que você pode comprar outros objetivos e, mais importante, os seus podem ser roubados, deixando bastante incerteza e interação no jogo.

Fel (de camisa branca) testando o jogo em SP.

Tematicamente, o jogo é inspirado em um livro de nome Quissama sobre libertação de escravos, senhores de engenho, ministério e cujos objetivos são atrelados ao livro. Acredito que para quem leu o livro, faça mais sentido e seja mais aderente ao tema, para mim, ficou só um (bom) tema nacional com capoeiristas e personagens bem "brasileiros", sem muita caricatura ou politicamente correto.

Como existem vários objetivos diferentes e cada um torna o modo de jogar bem diferente, graças aos poderes especiais, acho que há bastante rejogabilidade e, nesse ponto, me lembrou o Antiquity, você começa "genérico" e o jogo te leva para algum caminho.

Arte caprichada e componentes bacaninhas.

O jogo ainda pode sofrer pequenas alterações, acredito eu, visto que se trata de um projeto ainda em andamento, mas algumas coisas me incomodaram, como cartas que afetam profundamente o jogo do amiguinho (sei que sou minoria nesse ponto) mas me lembrou de algo que eu não curti no World of Smog, você faz uma jogada super legal e tem uma carta que atrapalha bastante. Além disso, senti falta de uma mecânica para reduzir um pouco mais a aleatoriedade das compras (você pode repor a mão para 5 todo turno e tem sempre 3 cartas disponíveis).

No mais, o jogo se encontra disponível no Catarse por R$ 93,00 com frete grátis para todo o país. Se você gosta de euros e quer uma experiência bem diferente (e bem interativa) dos euros tradicionais, corre lá e garanta o seu.

Essa resenha foi escrita pelo amigo Fel Barros.

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