quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Spiel '15, quais as expectativas?


Começa na próxima quinta-feira dia 8 e vai até o domingo dia 11 a maior feira de lançamentos em jogos de tabuleiro do mundo, a Internationale Spieltage SPIEL'15 em Essen, e como todo ano faço uma listinha do que eu estou aguardando.

Curiosamente esse ano a lista acabou ficando meio feita às pressas, primeiro por realmente não ter visto nada que me animasse muito como em outros anos, outro fator é a feira ter virado um local de entrega de KickStarter, então ou o jogo já está até vindo pra você, ou você viu e não interessou, e por último, com o dólar/euro ao preço que estão, está cada vez menos animador importar qualquer coisa.

Mas mesmo assim, para ajudar aos leitores com futuras aquisições, vamos a minha listinha :


504 : Pra mim o carro chefe dessa feira será o 504 do Friedmann Friese. Esse jogo tem o desafio de apresentar 504 combinações de mecânicas transformando cada experiência num jogo único, seria como se comprássemos 504 jogos em uma caixa só.

Vai funcionar? Só os deuses dos jogos sabem dizer, mas com certeza 99% dos jogadores que vão a Essen passarão na mesa da 2F-Spiele para testar alguma combinação e, se possível, levar uma cópia para casa.


Food Chain Magnate : Criação mais nova criativa da Splotter Spellen (dos excelentes Indonesia, Antiquity e Roads & Boats), nesse estamos tentando criar a rede de fast-foods mais rentável.

O jogo usa cartas como mecânica principal e tem tabuleiros modulares e uma arte simplista mas bastante interessante. Entrou no radar, mesmo sabendo dos preços abusivos da Splotter.


Porta Nigra : Esse vai pro radar por que é um jogo da dupla Kramer/Kiesling e todos os jogos deles entram no meu radar sempre (como os do Uwe ou do Feld).

Controle de área, pecinhas bonitas e arte caprichada serviram só pra atiçar ainda mais minha curiosidade, mesmo não lendo nada sobre ele, então esperarei pra saber mais, mas já está na wish-list (só por quê sim).


AYA : Pra finalizar um jogo de cascata de dominós com bichos, pecinhas bonitas, mecanicamente ainda não sei como funciona (embora aparente subir os dominós e quando eles caírem pontua de alguma forma), mas prendeu minha atenção com as fotos do jogo.

No mais, muitas expansões/promos a serem destacadas. Meu dinheirinho já está namorando a Missions do Galaxy Trucker, mas tem para todos os gostos, coisas para o Castles of Mad King Ludwig e Roll for the Galaxy.

E meu destaque final fica para o pessoal da FunBox Editora que vai estar representando o Brasil com jogos como Quartz e Deterrance 2X62, desejo muito sucesso aos amigos!

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Resenha e Novidades : WarZoo


Na próxima terça-feira (dia 29/10) o amigo Fel Barros vai estar na RedBox Store entregando as cópias cariocas da edição do WarZoo dos financiadores do Catarse.

Foi uma luta e quase um ano de atraso na entrega, mas o produto final ficou lindo, com qualidade atestada e assinada pela Galápagos Jogos, que vai distribuir o jogo à partir de agora e já está com pré-venda rolando.

O que eu posso falar do produto final é que cartas, tokens, caixa e áreas de jogo estão realmente lindas, dando um destaque bem grande a arte caprichada do amigo Daniel Araujo e ao design gráfico do outro amigão Marcelo Groo.

Produto final do WarZoo da Ace/Galápagos.

E para você que quer saber um pouco mais sobre o jogo, fica aqui uma descrição do WarZoo feita de forma bem imparcial pelo autor Fel Barros :

Como ponto forte, eu acho que o conjunto de regras é bem enxuto e como escala em complexidade, você pode começar mais simples mas, aviso, os modos mais simples são feitos mais como tutoriais/não ser tão intimidantes e funcionar com a galera não gamer, para quem gosta de jogos, o coração está no modo avançado mesmo.

Além disso, ele tem bastante rejogabilidade, tanto por depender bastante da jogada dos amigos como porque é possível uma leve customização no baralho.


As cartas com ilustrações fora de série do Daniel Araujo.

Um outro ponto positivo é a originalidade. Ainda que ele lembre, vagamente, alguns jogos como Battle Line e tenha elementos do Yomi, foi um jogo criado com conhecimento de boards modernos , então a sua "fundação" é bastante original.

Por fim, ele tem bastante "guessing game", que é uma característica que eu curto muito em jogos, por guessing, leia-se "será que ele botou a carta X ali? Se ele botou, é melhor eu botar a Y aqui ou ali para tentar me defender depois? "

Como ponto fraco, eu diria que ele é limitado em número de jogadores (2, 3 e 4) e funciona melhor em 2 e 4, se 3 é um número muito frequente, talvez não seja a melhor opção.


Tokens e área de jogo em material rígido e com acabamento perfeito.

Uma 'faca de dois gumes' é que a curva de aprendizado não é baixa, leia-se, alguém que já jogou muito tem uma boa vantagem sobre novatos. Além disso, conhecer as cartas do adversário é uma "habilidade" importante do jogo, então pode frustrar algumas pessoas.

Outra faca de dois gumes é que ele é muito mais tático do que estratégico. Ainda que os dois decks tenham os mesmos números, você precisa focar em ganhar AQUELA batalha. Há um pouco de longo prazo na munição e no gerenciamento das cartas para futuras batalhas, além de usar bem o sabotador (uso único no jogo) mas para quem curte só jogos que você está se planejando para um futuro aos poucos, o WarZoo não vai servir. 


O pessoal já teve chance de jogar no Castelo das Peças.

Como todo jogo que eu faço, tem sorte e aleatoriedade. Ainda que o jogador mais experiente ganhe em 70% dos casos, há algumas boas combinações de cartas que aparecendo mais cedo ou mais tarde podem te favorecer. Nada de "perdi o jogo porque comprei isso" já que o deck tem 25 cartas, você compra 10 de cara e depois de 5 em 5, MAS existe tanto a sorte quanto aquele "putz, se eu tivesse colocado aquela aqui e essa lá o resultado era outro".

Por fim, muita gente não liga pro tema. Não é medieval, nem sci-fi, é uma batalha de ornitorrincos contra porcos em uma fazenda inspirada no Universo do Orwell. No fim das contas, o ideal é assistir o gameplay e/ou tentar jogá-lo antes de comprar sua cópia.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Resenha : Quissama


Faltando pouco mais de quatro dias para o término do financiamento do jogo Quissama, o projeto já atingiu mais de 130% do esperado, e agora é só bater mais metas até o final, e para ajudar o amigo Fel Barros fez mais uma das suas resenhas colaborativas aqui para o blog.

Quissama é um jogo do, até então ilustre desconhecido Ricardo Spinelli, mas que depois de um bate-papo, descobri que é gamer das antigas, fã dos euros e que colocou esse conhecimento no seu primeiro jogo.


O jogo ainda está no Catarse mas os componentes usados no protótipo são bem animadores, meeples de resina, um tabuleiro e um punhado de cartas. Além de uma arte bem legal, leve e colorida, típica de um euro leve.

Mecanicamente, o jogo é centrado em gerenciamento de cartas, uma das minhas mecânicas favoritas, forte interação entre os jogadores e o ponto alto do jogo e que me surpreendeu muito positivamente, objetivos expostos que precisam ser comprados ao longo do jogo e que te dão diferentes formas de ganhar o jogo, além de um poder especial bem forte. A sacada é que você pode comprar outros objetivos e, mais importante, os seus podem ser roubados, deixando bastante incerteza e interação no jogo.

Fel (de camisa branca) testando o jogo em SP.

Tematicamente, o jogo é inspirado em um livro de nome Quissama sobre libertação de escravos, senhores de engenho, ministério e cujos objetivos são atrelados ao livro. Acredito que para quem leu o livro, faça mais sentido e seja mais aderente ao tema, para mim, ficou só um (bom) tema nacional com capoeiristas e personagens bem "brasileiros", sem muita caricatura ou politicamente correto.

Como existem vários objetivos diferentes e cada um torna o modo de jogar bem diferente, graças aos poderes especiais, acho que há bastante rejogabilidade e, nesse ponto, me lembrou o Antiquity, você começa "genérico" e o jogo te leva para algum caminho.

Arte caprichada e componentes bacaninhas.

O jogo ainda pode sofrer pequenas alterações, acredito eu, visto que se trata de um projeto ainda em andamento, mas algumas coisas me incomodaram, como cartas que afetam profundamente o jogo do amiguinho (sei que sou minoria nesse ponto) mas me lembrou de algo que eu não curti no World of Smog, você faz uma jogada super legal e tem uma carta que atrapalha bastante. Além disso, senti falta de uma mecânica para reduzir um pouco mais a aleatoriedade das compras (você pode repor a mão para 5 todo turno e tem sempre 3 cartas disponíveis).

No mais, o jogo se encontra disponível no Catarse por R$ 93,00 com frete grátis para todo o país. Se você gosta de euros e quer uma experiência bem diferente (e bem interativa) dos euros tradicionais, corre lá e garanta o seu.

Essa resenha foi escrita pelo amigo Fel Barros.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Resenha : Supernova


Supernova é o primeiro jogo do Rafael Verri (Parma), jogador das antigas, conhecedor dos boards e que reforça minha teoria: Quer fazer bons jogos, jogue bastante!

Supernova veio numa caixa bacana (tamanho do Ascension), com produção caprichada : cubos, um foguetinho de plástico, arte foda (outra raridade por aqui, muito comum a galera valorizar pouco a arte) .

Tematicamente, um jogador controla os terráqueos e o outro os marcianos em uma guerra à beira do Supernova. Os baralhos são idênticos mecanicamente mas com artes únicas. Apesar da arte muito bacana e dos tiles remeterem a locações dos dois lugares, não é um jogo muito temático/focado nisso. Não compre se você espera encontrar uma épica e imersiva batalha entre humanos e marcianos.

Os planetas em disputa entre terráqueos e marcianos.

Mecanicamente, é onde ele brilha. Inspirado no excepcional Battle Line, do Knizia, o Rafael acrescentou um elemento de coleção de sets além de pontos de ação no melhor estilo europeu: Quanto mais pontos você estiver brigando, menos ações você fará no turno. Além disso, uma boa implementação de blefe permite boas reviravoltas na contagem final de pontos. Algo que eu aprecio bastante em game design: Pegar um jogo "bem resolvido" e adicionar uma camada que o deixe mais "atual".

Há um baralho de ações especiais que garantem uma boa rejogabilidade e uma dose de surpresas no fim da partida. A interação é bem dependente dos jogadores já que é possível (ainda que não recomendado) cada um fazer sua própria coluna sem muita interação com o adversário.

Arte muito caprichada!

O único ponto que realmente pode desagradar alguns, é o fato de ser um jogo apenas para 2 pessoas. E, jogadores inexperientes, podem acabar interagindo pouco.

Com um preço bem acessível (R$120), baseado em um clássico, com uma arte que não deve nada para a galera de fora e um tempo estimado de uns 30-40 minutos de partida, Supernova foi adicionado à minha coleção!

Essa resenha foi escrita pelo amigo Fel Barros.

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Resenha : Ladies & Gentlemen


Em um jogo totalmente politicamente incorreto, no Ladies & Getlemen os jogadores são casais que assimetricamente precisam se preparar para o grande baile da empresa.

E por que o jogo é tão controverso? Porque enquanto o "marido" da dupla passa o jogo inteiro tentando arrumar dinheiro a "esposa" passa o tempo dela no jogo comprando roupas para o grande baile.

 A mesa fica tipo assim, com cartas e tokens para todo lado.

O grande barato do Ladies & Getlemen é justamente essa assimetria (uma vez que você releva o tema). O jogo se divide em manhã/tarde/noite : na parte da manhã os empresários separam bens para cumprir os contratos que estão disponíveis, enquanto as esposas separam peças de roupas para colocarem nas boutiques.

De tarde os empresários cumprem os contratos e as esposas escolhem as roupas que querem comprar. E à noite, os casais conversam sobre quais roupas irão comprar ou não. No final de seis "dias" o casal mais bem arrumado ganha o jogo.

"Maridos" e "esposas" discutindo estratégias.

A partida com 10 jogadores foi bastante zoneada (até por que mudamos o gênero dos jogadores para dar uma graça maior), mas acredito que com 3 duplas o jogo ganhe mais em estratégia e diversão.

Não é um jogo para todos os grupos por conta do tema, mas o Ladies & Getlemen acaba sendo um jogo bem amarradinho, cheio de mecânicas que acaba divertindo.

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Resenha : Fala Dercy!


Criado pelos amigos Eric Tex e Romulo Marques, o Fala Dercy! é um card-game gratuito, com os arquivos disponíveis para download onde você tem que formar palavrões à partir de sílabas disponíveis na sua mão.

Na sua rodada você compra uma carta do deck que vai para sua mão, ou aberta na mesa que obrigatoriamente tem que formar um palavrão.

Cartinhas do Fala Dercy!

No jogo nós temos uma sílaba CUringa, que serve para completar qualquer palavra e não pode terminar com o CUringa na mão, senão você perde pontos.

Outra coisa legal do Fala Dercy! é que se você tem os seus palavrões sujos (com o CUringa à mostra), outro jogador pode limpar seu CUringa e levar o palavrão para a pontuação dele.

Algumas sugestões de palavrões para os amigos.

O jogo termina quando o deck esvazia, todos os jogadores fazem mais uma rodada e contabilizamos os palavrões de cada um, tiramos os pontos do(s) CUringa(s) e das outras cartas da mão, e quem tiver mais pontos ganha!

Fala Dercy! é divertido, rapidinho, GRÁTIS e educativo, afinal com ele você tem a possibilidade de aprender novos palavrões e alguns regionais que você com certeza nunca tinha ouvido antes.

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Resenhas : Kayanak, Rhino Hero e Sushi GO!

Confesso que a próxima resenha dessa semana seria para o divertido CV, mas os amigos da On Board fizeram uma resenha ontem tão completinha do jogo que eu até desisti, mas como eu estou ainda com alguns jogos para mostrar para vocês, escolhi fazer uma resenha múltipla de jogos light.

O primeiro deles é o Kayanak, da HABA, é um jogo para até quatro pessoas, onde os jogadores são ursos que vão à pesca através do gelo para se alimentarem.

Tabuleiro divertido do Kayanak.

Como todos os jogos da HABA o jogo vai além. O tabuleiro é cheio de buracos que a gente vai furando (uma das ações possíveis) para, com o auxílio de uma varinha com um imã na ponta, podermos tentar a sorte na pesca de pequenas bilhas metálicas.

Ganha o jogo o "urso" que coletar 10 peixes primeiro. Jogo light, divertido para jogar com a criançada, mas que também funciona bem com os mais velho.

O próximo jogo, também é da HABA, e chama-se Rhino Hero. Esse é um card-game onde os jogadores tem cartas de telhado, e na sua jogada precisam descartá-las formando um prédio de cartas.

O prédio de cartas ainda no segundo andar.

O funcionamento é simples, existem cartas de andares que são dobradas ao meio e precisam seguir o padrão de colocação descrito nas cartas de telhado, uma vez que você coloca o andar, coloca um telhado e passa para o jogador seguinte.

Temos o meeple do Super Rhino que vai subindo os andares e é mais um fator de dificuldade na hora de formarmos o prédio.

Joguinho divertido, onde quem ganha é o jogador que se desfizer primeiro das cartas, ou no caso do prédio colapsar, o jogador que tiver menos cartas na mão.

Cartinhas fofas do Sushi Go. Foto BGG.

Para completar a trinca de jogos light para jogar com a família, o divertido Sushi Go. Um card-game de draft, com uma arte super "fofinha" onde vamos fazendo o nosso "prato" de comida japonesa durante três rodadas e vamos pontuando a cada rodada de acordo com as cartas que baixamos.

Jogo rapidinho, despretensioso e gostosinho, que além de divertir acaba dando uma fome danada.

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Dissecando : Krosmaster Arena


Hoje conversando lá na RedBox Store me dei conta que ainda não tinha escrito nada ainda sobre o Krosmaster Arena, jogo que a Galápagos Jogos trouxe para o Brasil e que já tem algumas expansões das quais falarei um pouco nesse post também.

O jogo base é formado por 8 miniaturas lindas, cada qual com sua ficha de personagem, um tabuleiro com dois lados, várias figuras 3D para dar uma incrementada no tabuleiro, dados e uma série de outros tokens, além obviamente do manual de instruções.

Manual com tutorial passo-a-passo, bem didático.

O manual do Krosmaster Arena já é um caso à parte, ele explica o jogo de forma bastante didática, exemplificando com mini-tabuleiros, cada aspecto do jogo. Esse tipo de tutorial já é uma diversão, joguei todo o passo-a-passo com meu filho (de 8 anos) que adorou esse esquema.

Quanto ao jogo, é um skirmish, onde cada jogador forma um time para tentar detonar o adversário, usando armas, poderes, aliados mágicos e bastante tática e estratégia de combate.

Expansão 1 : Blind-boxes com novos personagens.

As regras são de fácil assimilação depois de um ou dois turnos, mas basicamente você aciona o personagem na ordem de iniciativa, realiza as ações e os movimentos, e passa para o próximo personagem, quem conseguir ganhar 6 Galardões de Glória primeiro, ganha a partida. Basicamente é isso.

As primeiras expansões que a Galápagos trouxe para o Brasil, foram a Temparada 2 dos personagens, que consistem em caixinhas surpresa com um personagem, seu cartão de habilidades e uns tokens novos para incrementar o jogo básico.

Expansão 2 : Pacote de duelo que é um aperitivo do jogo.

E a outra foi o pacote de duelo entre o Merkator vs. Capitão Amakna que traz o jogo "completo" numa versão reduzida e serve muito bem como aperitivo para quem quer conhecer o jogo e não está podendo desembolsar (ainda) a grana da caixa básica.

Enfim, para quem curte miniaturas bonitas, jogo customizáveis simples mas com alguma estratégia envolvida, tem filhos à partir dos 8 anos, Krosmaster Arena é uma excelente opção no mercado (e ainda conta com uma versão digital bastante bacana).

Versão digital com tutorial tão didático quanto o manual.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Resenha : On Her Majesty's Request


Ambientando no fictício universo steampunk chamado Smog, On Her Majesty's Request é um jogo que foi financiado via Kick Starter e saiu pela Cool Mini or Not e tem tudo pra ser uma das grandes experiências lúdicas de 2015.

No jogo somos negociantes percorrendo o estranho Mercado das Sombras, onde negociamos "éters" e artefatos para conseguir cumprir o que a Rainha nos solicitou, e para isso além de tentarmos fazer as melhores trocas ainda temos que lidar com os agentes do Senhor das Sombras que podem ajudar ou não na nossa empreitada.

Caixa gigante com componentes lindos demais.

O jogo tem regras bastante intuitivas : na sua rodada você tem três ações possíveis dentro de algumas possibilidades, como comprar/vender, andar e/ou rotacionar as engrenagens, pedir dinheiro pra Rainha, retirar uma das "hourglass" e sair do Mercado (que é a condição de vitória).

Mas a grande beleza está nos detalhes, o On Her Majesty's Request é tanto jogo quanto quebra-cabeças, o mercado varia de acordo com a sua posição no tabuleiro, isso é, quanto um produto está custando para você "2", para o jogador seguinte custa "3", então você sempre tem que ficar prestando atenção no que está te beneficiando e no que dá para prejudicar seus oponentes.

E o mercado muda através de engrenagens no tabuleiro que rotacionam a cada transação (ou através de ações). A cada compra ou venda você coloca uma "hourglass" do estoque no preço e rotaciona a engrenagem 90º, simples assim.

Mesão com o mercado e todas suas engrenagens.

No final, você precisa ter uma quantidade de "éters" indicado numa carta que você recebe no início do jogo, ter os quatro artefatos do jogo e ainda estar na engrenagem correta para poder sair do Mercado, o primeiro a realizar isso é o vencedor.

O jogo é brilhante, tem uma arte absurdamente linda, é elegante a além disso tudo é divertido e roda muito bem em no máximo duas horas, enfim, pra mim foi a grande surpresa do ano, vale a pena cada partida do On Her Majesty's Request.

Uma visão mais aproximada de como funciona o mercado.

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Dissecando : Ave Caesar


Os amigos da GROW me enviaram o seu mais novo lançamento, o Ave Caesar, um jogo de corridas de bigas, usando cartas para movimentá-las.

A GROW acertou a mão na produção agora, a caixa está com a mesma qualidade do Puerto Rico, com insert super útil e componentes muito bacanas. Destaque para o tabuleirão de dois lados.

Quanto ao jogo, as regras do Ave Caesar são extremamente simples : você tem um deck com 24 cartas que vão de 1 a 6, fica com 4 na mão, na sua rodada baixa uma delas e anda com a sua biga, e é isso.

 Corrida de bigas na Roma antiga.

O jogo consiste de três corridas (em cada corrida rola uma pontuação) e no final das três que tiver o maior somatório de pontos é o grande vencedor.

No final o Ave Caesar vai acabar agradando a mulecada e aos jogadores mais casuais por conta exatamente de ser simples demais.

As cartinhas utilizadas para a movimentação.

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Primeira Rodada : Battle Scenes - Ofensiva Surpresa e On Her Majesty's Service

Como de costume, Cool Mini or Not? esculachando.

Ontem foi dia de abrir caixas, a primeira foi de um Kickstarter da Cool Mini or Not que chegou super rápido e com uma qualidade absurdamente linda, o On Her Majesty's Service.

A caixa além de linda, é gigante, não é pesada, mas é grandona e com insert muito bem aproveitado, agora, os componentes é que são um show à parte.

Componentes e arte, tudo lindo!.

O tabuleiro com seus círculos móveis, as moedas, as "hourglasses", os marcadores de ether, a arte e obviamente as miniaturas, são todas de um capricho tão grande que cada centavo investido no jogo valeu à pena.

As regras são foram lidas, e o On Her Majesty's Service além de lindo parece ser bastante interessante, vou ver se consigo colocá-lo na mesa em breve para termos uma resenha mais completa, mas fica aqui a admiração pelo trabalho feito pela CMoN.

Os extras do Kick Starter : mais personagens e cartinhas com "hot-stamping".

Outra novidade que bateu minha porta ontem foi a nova expansão do Battle Scenes da Copag, ela chama-se Ofensiva Surpresa e mais uma vez teve uma edição caprichada.

Os decks prontos são bem parecidos entre os personagens e trazem o embate entre o Homem-Formiga e o Jaqueta Amarela, as novidades mesmo ficam por conta das cartas de "antecipação surpresa" que saem da mão e dão um fator bastante interessante as partidas.

Nova expansão Ofensiva Surpresa trazendo novidades ao jogo.

É notado que a cada edição o Battle Scenes vai ficando cada vez mais "redondo", e com mais adeptos, apesar de ainda termos pouco suporte para os jogadores que fazem o jogo acontecer pela própria força de vontade. Mas o caminho está sendo trilhado.