terça-feira, 26 de maio de 2015

Resenha : Star Wars - Império vs. Rebeldes

Ontem durante o Dia da Toalha, tive a oportunidade de conhecer lá no Clube RedBox o Star Wars - Império vs. Rebeldes, um card-game para dois jogadores baseado no blackjack ambientado no universo criado pro George Lucas.

O jogo é composto por dois decks antagonistas que disputam missões, cada deck é formado por recursos (que tem valores e poderes especiais) e recursos de personagens (que são cartas mais poderosas).

Como fica a disputa na mesa.

As missões tem valores a serem alcançados (nunca superados ou o jogador perde a disputa) e a quantidade de recursos (cartas) que cada jogador pode abrir para tentar alcançar esses valores.

Na sua rodada você pode abrir uma nova carta, realizar uma das ações, usar um dos tokens de influência para "refrescar" uma das cartas já usadas ou passar.

As cartinhas de recurso do Império e dos Rebeldes.

Quando os dois jogadores passarem a missão em questão é contabilizada, quem vencer leva a carta disputada, quem chegar a sete pontos de missão primeiro é a facção vencedora.

O Star Wars - Império vs. Rebeldes é um joguinho rápido, com um bom misto de estratégia e sorte envolvidos que vale a pena ter na coleção, e quem estiver pelo Rio de Janeiro pode testar antes de comprar lá no Clube RedBox.

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Resenha : Tower


Num mar de jogos lançados pelo KickStarter, as vezes você tem boas surpresas mas outras vezes você acaba se arrependendo de ter pego um jogo no escuro, esse foi o caso do Tower.

No jogo somos arquitetos correndo atrás de recursos para conseguirmos antes dos nossos adversários construirmos os nossos três segmentos de torre.

O mercadinho central com arte caprichada.

A cada rodada começando indo atrás de recursos (sorteados), depois podemos ir às compras nos mercados, trocar bens ou ir ao mercado negro para conseguir cartas de ação.

O grande problema é que isso é repetido por várias rodadas, com pouca (ou nenhuma) interação entre os jogadores, tornando o jogo maçante e bem chatinho.

Mesmo com regras simples e componentes bonitos o Tower não desenvolve, então ele acaba não se encaixando nem na categoria de filler (por demorar demais) nem na categoria de jogo "sério".

Sua área de jogo com o que você precisa comprar.

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Resenha : Arkamore


Arkamore (antigo Jogos Trollazes), é um jogo criado por Pedro Roscoe bem divertido de regras interessantes e design cativante.

No jogo somos Trolls e nessa partida em específico joguei em time, eram 2 times de 3 jogadores, ganha o time que eliminar todos os jogadores do outro.

O tabuleiro é modular e montado por cada jogador peça por peça, criando assim terrenos únicos. Aleatoriamente são distribuídos recursos que podem ser animais, frutas e recursos variados. Quando 15 recursos são utilizados, todos voltam ao tabuleiro, podendo assim te deixar de cara com 3 animais e uma baita dor de cabeça.

O tabuleiro modular é um dos charmes do Arkamore.

Cada jogador tem um Troll único, sua ficha tem as 3 construções iniciais e segue uma esteira cerebral do que podem ser construídas em cada (podendo usar a construção do adversário ou destruir), também seus poderes e status.

Para fazer construções e utilizar os seus benefícios é necessário gastar 2 pontos de experiência.  Com 12 pontos de experiência o Troll se torna Lendário, e ao realizar esse upgrade passa a ter ações extras.

O sistema de combate do jogo é bem legal, rolam os dados, cada Troll tem um número diferente na ficha, e comparam os resultados, não precisando ter número mínimo apenas rolar mais que seu adversário ou animal. Muito divertido!

Farra de dados!!!

Continuando a falar dos dados, além dos d6 normais, temos 1 dado de eventos que é rolado podendo te matar sem querer.

Trolls podem morrer de dano, frio, fome, veneno, com a ajuda do dado de eventos podem aumentar o frio e fome, se tiver sorte sai ileso.

Isso que me cativou, rolar dados e ver o resultado, arriscar e continuar arriscando, podendo perder, mas tornando a vitória muito mais divertida.

A ideia é que o jogo tenha miniaturas, vamos ver como ele vai se sair!

Quando um jogador é eliminado outro jogador, do mesmo time toma em forma de revezamento o lugar dele, deixando o jogo sempre equilibrado (conforme feedback dos jogadores do RJ, a eliminação de jogadores parece que foi extinta).

O Arkamore chega ao mercado via financiamento coletivo esse mês. 

Essa resenha foi a primeira (de muitas esperamos) da amiga Jennifer Stealth.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Primeiras Impressões : Anjos & Dragões


Continuando a semana de resenhas para futuros lançamentos brazucas, o jogo da vez foi o Anjos & Dragões do designer André Luiz Negrão (autor do Duelo de Dados) que eu tive a oportunidade de jogar com meu muleque.

O jogo é um card-game com quatro escolas distintas em luta e os jogadores preparam deck para lutarem uns contra os outros mandando generais, usando aliados e usando efeitos para conseguir seus objetivos.

As regras são tranquilas de assimilar, cada jogador tem um deck de 35 cartas, prepara uma barreira de cinco escudos (cartas desse deck) e na sua rodada você compra três cartas, e pode realizar ações.

As quatro escolas do Anjos & Dragões.

As ações são baixar generais para o campo de batalha, fazer um upgrade em algum general baixado, atacar o oponente (com algum general em campo ou diretamente da mão).

Se você conseguir vencer a batalha, derruba um dos escudos do adversário e pode continuar atacando com outro general. Caso seu general seja derrotado pela defesa, seu turno acaba automaticamente.

Depois dos cinco escudos de seu oponente serem derrubados, se você conseguir mais uma vitória em combate ganha o jogo, simples assim.

Uma olhadinha mais de perto nos generais da Luz.

Gostei do Anjos & Dragões, acho que com adversários mais "hard-core" o jogo possa ficar ainda mais estratégico, mas dá tranquilamente para jogar com os pequenos (que já saibam ler).

A arte ficou abaixo do esperado e a diagramação dos nomes e textos precisam de uma arrumada, pois ficaram pequenas e com pouca legibilidade. Mas isso são ajustes que podem ser feitos tranquilamente até o final do projeto.

Fica a dica para os fãs de card-games de combate para ficarem de olho na fanpage do Anjos & Dragões e esperarem o início do financiamento coletivo ainda nesse primeiro semestre.

Mesinha com o pequeno Arthur que curtiu o jogo.

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Primeiras Impressões : Herdeiros do Khan


Tivemos o prazer de jogar Herdeiros do Khan do Lucas Ribeiro só digo uma coisa, temos um jogo bom vindo por ai!!

Herdeiros do Khan é um controle de área com seleção simultânea de ações assimétrico. O jogo tem a vibe do império Mongol (ver Marco Polo caso você não saiba o que estou falando), um jogador é o Khan e os outros são os seus "filhos". Cada turno um filho tem que dar um tributo pro Khan, o filho que o Khan mais gostar, ganha um tributo de recompensa. 

Depois os jogadores definem secretamente suas ações nos territórios onde possua pelo menos um batedor. As ações podem ser saquear (onde seu batedor recolhe o recurso daquela área), conquistar (você domina a área ganhando o recurso todo turno sem gastar ação) e defesa (pra cada defesa colocada, você pode cancelar um saque ou um conquistar inimigo na sua área). 

Uma visão geral do tabuleiro com a porrada comendo solta entre os irmãos.

O turno termina resolvendo as ações e definindo quem tomou o que de quem. O bacana é o Khan, ele não joga igual aos filhos, ele tem o poder de alocar "ações do Khan" em determinados territórios podendo assim, manipular o resultado a favor de um filho (jogando a rapaziada uma contra a outra). 

Agora vem o momento que a chapa esquenta, o Khan pode ser morto por um dos filhos e ai ele passa a jogar como rebelde, que tem seus poderes definidos de acordo com as áreas livres no mapa... é um tal de rebelde furar olho de filho bonzinho, de irmão piranhar irmão... é porrada no banheiro!!!!

Mesmo sendo protótipo, a arte está acima da média!

Quando as regras foram explicadas, na hora me veio na mente Game of Thrones Boardgame. Mas com o tempo o jogo é bem diferente, você não precisa fazer alianças, mas corre risco de ter uma área sua roubada a todo momento por conta de uma ação mal distribuída. Sem contar que não tem player elimination e a chance de se recuperar durante o jogo é grande, até o fim é correria pra ver quem chega na frente.
 

Sobre a arte do jogo, mesmo sendo um protótipo, o Lucas tirou onda (ele é ilustrador de profissão) e na minha opinião, é só acertar pequenos detalhes pra ter a arte fechada.
 

Minha opinião sobre o Herdeiros do Khan? Foda, muito bom, fico feliz de ver um jogo bom sendo feito em território nacional. Agora é testar mais vezes pra deixa-lo mais redondo. Parabéns Lucas!!!!

Essa resenha foi uma contribuição do amigo Fabrício Ferreira.

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Resenha : AquaSphere


Terminando a semana cheia de resenhas, a "cereja do bolo", o mais novo jogo do Stefan Feld, AquaSpehere.

Nele somos cientistas que controlam robôs para fazerem suas ações, mas claro que isso é só no manual, o jogo é um worker-placement pesadinho e com certeza um dos melhores jogos do autor.

Tabuleiro central e o tabuleiro dos cientistas.

O jogo é dividido em três tabuleiros distintos, o primeiro é o de cada jogador, onde temos nossos robozinhos e nossos submarinos (que são nossos workers), no segundo tabuleiro ficam um dos nossos cientistas e é o tabuleiro onde os robôs são programados e para terminar o tabuleiro central onde as ações são realizadas.

Apesar de ter regras muito cheias de detalhes, uma vez que você começa a jogar ele vai se tornando cada vez mais fluido e no final da partida você já está totalmente descolado com as regras.

Alguns detalhes interessantes do AquaShpere são o track de pontuação que em determinados pontos são "protegidos" por lasers e para passar por esses pontos você precisa gastar algumas ações.

Tabuleiro dos jogadores onde programamos os robozinhos.

Outra coisa bacana é a relação robozinho/cientista que para realizar a ação escolhida além de programar previamente o robô você tem que ir andando com seu cientista pelo tabuleiro central, e isso é custoso e requer planejamento.

A partida (com 3 jogadores) que eu joguei durou pouco mais de uma hora e meia, o que eu achei um tempo bastante razoável para um jogo com tantas decisões e apesar do AquaSphere não ser o jogo mais intuitivo do Feld (fugindo um pouco da sua característica) é com certeza um jogo que os fãs do autor vão curtir muito.

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Resenha : Copycat


Imaginem pegar mecânicas consagradas como as do Dominion, Agricola e Through the Ages para tentar fazer um jogo? Bem, essa foi a premissa do Friedmann Friese na criação do seu Copycat.

O jogo é exatamente isso, um exercício de design onde o autor pegou três mecânicas e fez com elas uma colcha de retalhos brilhante.

Tabuleiro central com o track de cartas e a área dos trabalhadores.

Na sua rodada você compra cartas, escolhe uma para a ordem do turno, depois com as cartas que sobrarem você realiza ações, mas antes você tem o momento worker-placement onde você aloca seus trabalhadores para conseguir mais ações.

Terminando o turno você vai as compras na track de cartas e faz seus pontinhos da rodada e é isso o jogo.

Criador e "criatura", o cara é ambicioso, mas no Copycat ele acertou.

O que torna o Copycat brilhante é o fato do Friese ter conseguido juntar tudo e fazer um jogo coeso que funciona de forma fluida e apesar do tema zero, acaba ficando bacana pelo bom trabalho visual que foi dado pela arte meio anos 80.

Na minha opinião, esse foi o gatilho que fez o Friese pensar no seu projeto mais ambicioso, o 504, que é um "jogo" que terá combinações de mecânicas criando 504 jogos diferentes. E depois de jogar o Copycat acho que pode ser possível que saiam boas combinações dessa "salada".

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Resenha : Shipwrights of the North Sea


Primeiro jogo da Trilogia dos Mares do Norte, o Shipwrights of the North Sea é um card-game muito bacana que eu conheci esse fim de semana e vou falar um pouco mais para vocês.

No jogo somos vikings tentando construir nossos navios para desbravar novos mundos, a mecânica básica do Shipwrights of the North Sea é a de draft de cartas.

Todos os componentes bonitões do jogo.

Na sua rodada você recebe quatro cartas escolhe uma, passa para o próximo jogador e vai repetindo o processo até ficar somente com três cartas na mão.

Essas cartas são usadas na sua rodada e são basicamente, artesãos, ferramentas, prédios ou navios que vão te ajudar na sua tarefa.

 A vila de cada jogador e onde ficam alocadas as cartas do jogo.

Uma sacada bem bacana do jogo é o mercado que é definido pela carta do topo do deck de compras, então ele pode flutuar bastante durante a rodada.

Outro destaque é a arte super caprichada do Mihajlo Dimitrievski que fazem com que o Shipwrights of the North Sea figure ali na categoria de "surpresa agradável" desse ano.