domingo, 27 de janeiro de 2008

Castelo das Peças... Veio pra ficar



Esse último sábado (dia 26) rolou o primeiro Castelo das Peças de 2008, e logo de cara deu pra perceber que esse é um evento que veio pra ficar no calendário mensal dos jogadores no Rio de Janeiro.

Casa cheia, muitos jogos, gente bacana e num lugar de fácil acesso e boa infra-estrutura (já que conta com comida e ar-condicionado, afinal é um Bob's).

Cheguei lá já eram quase 19:00h, e tinham umas 30 pessoas jogando os mais variados títulos (que iam desde o Catan de 96 até o Utopia de 2007). Coloquei meus jogos nas mesas de escolha e fui procurar alguma coisa para jogar.


As mesas com jogos clássicos e novidades para todos os gostos.

Logo para começar joguei uma partida com 4 pessoas de Wings of War: Dawn of World War II, jogo rápido, divertido e fácil de explicar, a galera que jogou comigo pareceu se divertir muito e gostar do jogo.

Partida terminada fui apresentar o Loot para outra galera, jogamos em 5, então foi no esquema "cada-um-por-si", outro jogo rápido, divertido e fácil de explicar, já comentei sobre ele, mas reforço que é um bom filler.


Visão geral da galera jogando.

Aí comecei a jogar umas paradas mais "sérias" e parti para um Factory Fun, que é o meu jogo preferido atualmente, a cada partida eu gosto mais dele, jogamos em 4 e mais uma vez foi bem disputado (entre os dois primeiros), e cada vez mais eu pego a manha do jogo, ganhei a partida com uma fábrica de 80 pontos.

Depois parti para outro jogo que apesar de estar gostando muito, eu não jogo nada, o Space Dealer, jogamos em 4 e apesar de ter ficado em último (isso se não contarmos o abandono de um jogador, mas que em nada influencia no resultado) eu vejo que estou começando a pegar a manha dele. Ainda está bem na minha cotação.


Setup inicial do Space Dealer para 4 jogadores.

Terminado Space Dealer caí dentro de um jogo de "porrada" que eu gosto muito, Nexus Ops, é o tipo de jogo que você TEM que apresentar para aquele seu amigo que só conhece o WAR e acha foda. No Nexus, você tem uma série de tipos de unidades, cada um com seu poder especial, ganha o jogo quem fizer 12 pontos primeiro, você ganha pontos cumprindo missões.

Ele é bem simples, mas é o tipo de jogo que não dá pra ficar fazendo "castelinho-de-areia", tem que cair matando senão não pontua. A nossa partida foi boa, mesmo com 2 estreantes no jogo (e sim, isso faz diferença). Ganhei a minha segunda partida na noite.


Partida em andamento e detalhe das minhas unidades.

Dalí resolvemos estrear o meu Lost: The Boardgame, fizemos uma mesa com 5 jogadores e começamos a jogar. Bem, eu comprei esse jogo por duas razões: a primeira, eu sou fã da série e a segunda, estava barato. Mas se não houverem mudanças RADICAIS na regra, ele nunca mais vê mesa. O jogo é ruim, desbalanceado e confuso. Uma decepção.


Apesar da arte ser caprichada, o jogo é bem ruim.

Para terminar a noite tive que jogar alguma coisa leve e divertida, partimos para um Saboteur, éramos 7 na mesa e foi uma das partidas mais loucas que eu já joguei dele. Nesse jogo somos anões que tem que montar a caverna para chegar a pepita de ouro, só que no meio dos anões trabalhadores temos uns sabotadores, que utilizam de artimanhas para impedir que os bonzinhos cheguem ao seu destino.

Isso funciona bem na teoria, o que o jogo não prevê são os anões randômicos, que não sabem se são bons ou ruins e jogam "a moda caralho", dando um toque de caos à mais. Enfim, rende muita risada, eu acho que esse é um dos grandes jogos para grandes grupos (cabem até 13 "anões").


Anões tentando chegar no ouro, isso se os
sabotadores deixarem.


Aí nisso já eram quase 4 da manhã o sono já estava me vencendo, e apesar de ainda querer jogar várias paradas (tirando o Lost eu já tinha jogado todos os outros) vou ter que deixar para uma próxima oportunidade, afinal Castelo das Peças tem todo mês.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Session Report : Jan. 17 - Calabouço das Peças

Ontem depois de uma longa ausência dei as caras no Calabouço, e apesar do bom quorum (tinham 8 cabeças) ficou abaixo do que costumava ser. Acho que o pessoal ainda tá de ressaca das festas de final de ano.

Vamos aos jogos, quando cheguei já tinha uma mesa terminando de jogar Contátos Cósmicos, o antigão da GROW mesmo, ele ainda vê mesa por essas bandas.

Enquanto decidíamos o que jogar depois de separar as mesas, escolhemos um filler para todos, e estreamos o LOOT.



Nesse jogo somos piratas tentando juntar mais dinheiro atacando navios mercantes, depois de uma lida relânpago nas regras tivemos uma primeira partida "cada-um-por-sí", e foi divertida, acabei ganhando com uma contagem relativamente baixa, 10 pontos, levando-se em consideração que tem navios de até 8 pontos.


Ataque padrão a um barco mercante. Foto BGG.

Para a segunda partida optamos pela regra de duplas, o jogo fica mais interessante, pois pode-se atacar em conjunto e também planeja-se melhor as jogadas. Vitória da dupla Americano/André com 25 pontos.

Para não fazer uma resenha para ele, o jogo é bacana, meio caótico, mas achei uma boa opção para mesas grandes (ele comporta até 8 jogadores), e é rápido e fácil de explicar, mais um ponto para o Sr. Knizia.

Acabando as duas partidas resolvemos dividir as mesas, uma galera foi jogar o Leonardo DaVinci e eu, Guilherme, Americano e Carlos fomos jogar o Factory Fun.

Após a explicação, pois só eu já havia jogado, começamos uma partida bem interessante, como era praticamente uma learning-session tivemos mais paradas do que o habitual, mas nada que prejudicasse o jogo. A maioria das fábricas conseguiu fazer uma boa pontuação e juntar bastante máquinas. No final eu ganhei com 66 pontos, o Guliherme em segundo seguido do Carlos e do Americano (que apesar de ter montado uma boa fábrica não juntou muitas máquinas diretamente, o que daria uma boa pontuação no fim).

Depois disso eu, Guilherme e o Americano fomos jogar o Space Dealer, jogo que eu estava super curioso para aprender (já está na minha wish-list a algum tempo).



As regras são detalhadas e precisam ser aprendidas sem dúvidas antes de começar o jogo, pois depois de iniciado não dá para ficar parando para perguntar. O jogo dura EXATAMENTE meia-hora, e as suas ações são marcadas com ampulhetas de um minuto.

O objetivo do jogo é cumprir missões nos planetas, existem 4 tipos de "materiais" que servem para cumprir essas missões, você carrega esses materiais em uma nave que vai passeando de planeta em planeta.

O jogo é muito dinâmico, e as ações são simultâneas, gerando um certo corre-corre, mas ele é muito bom, tive uma atuação ridícula, pois além de ser a primeira vez eu estava com uma dor de cabeça bisonha e enjoado (maldito salgadinho podrão que eu comi antes de ir pra lá). Mas mesmo isso não diminuiu meu entusiasmo com o jogo. No final o Guilherme ganhou com 2 pontos de vantagem para o Americano (27 a 25) eu fiz 15 pontos.

Quando acabou a partida fui pra casa, por causa dos motivos acima, a galera da mesa do Leonardo estava terminando e eles estavam montando um Super Master (é isso mesmo!!) para a próxima mesa.

domingo, 13 de janeiro de 2008

Resenha : Factory Fun



Finalmente comecei a estrear os jogos que eu ganhei de natal, e o primeiro não poderia ter sido melhor. O Factory Fun é um jogo extremamente divertido e que funciona bem como filler, mesmo não sendo.

Tive a oportunidade de jogá-lo 6 vezes durante o fim-de-semana (1x com 4, 2x com 3 e 3x com 2), e o jogo funciona bem com todas as combinações de jogadores.

No jogo estamos montando a nossa fábrica, para isso precisamos comprar máquinas e fazer com que elas funcionem de forma adequada para que possamos no final ter mais pontos que nossos adversários.

O setup inicial nos dá um galpão para montarmos nossa fábrica, uma série de reservatórios de saída e de entrada e com isso temos que nos virar durante o jogo.

São selecionados (dentre as 48 possíveis) 10 máquinas por jogador, de forma aleatória e sem que vejamos quais são as máquinas. Em cada rodada abrimos uma máquina e cada jogador seleciona uma para colocar na sua fábrica.

Como é a seleção? Você olha e pega, não tem ordem, pegou a máquina ela é sua. Aí que começa a ficar interessante, pois à partir do momento em que você pega uma máquina ela TEM que entrar na sua fábrica, sob pena do jogador perder 5 pontos.


No final da partida com 4 o César terminou em primeiro,
com o Flávio em segundo, Eu em terceiro e o Warny em quarto.


Para conseguir colocar a máquina na fábrica você pode encaixar tubos e conexões, remanejar os reservatórios e até mesmo mexer nas máquinas que já estão instaladas (mas apenas até duas por rodada), mas é claro que você paga para isso. O que faz com que você não saia pegando as máquinas de forma desordenada, tem que pensar.

E você pode maximizar seus pontos, colocando máquinas ligadas umas às outras (existem valores nas saídas, de 1 a 3, você só pode colocar uma máquina conectada a outra de forma decrescente), isso faz com que no final das 10 rodadas o valor de saída da máquina conectada seja multiplicado por 5.

O jogo é muito bacana e rápido (mesmo com o downtime que acontece não tive nenhuma partida com mais de 40 minutos), tem interação entre os jogadores (tanto na hora de comprar as máquinas, quanto na hora de colocá-las na fábrica) e uma rejogabilidade alta, pois as configurações de cada fábrica muda muito de um jogo para o outro. Fazendo dele uma excelente opção para entrar entre jogos mais pesados.

EXPO JOGOS



Esse sábado fui dar uma conferida na Expo Jogos, que está acontecendo aqui no Rio. Fui por dois motivos, o primeiro por que sempre é hora de juntar os amigos para jogar alguma coisa, o segundo, coincidiu eu estar na barra.

Bem, logo ao entrar você vê que o espaço é pequeno, mas que tá bom, pois o lugar devia ter no máximo umas 30 pessoas (contando os expositores). Você percebe que a atenção principal do evento vai para os jogos de video-game. Algumas exposições são bem bacanas, como as do Wii e do Guitar Hero (jogo do Playstation 2).

Mas e os jogos de tabuleiro? Bem, esses são representados pela GROW (que expõe o básico da sua linha), um estande de jogos artesanais (que tinha uma versão do Crokinole que foi devidamente testada... hehehhehe), um estande de Xadrez e o estande do Castelo das Peças (o único a apresentar os jogos modernos).


Cuba já na contagem final de pontos.

Lá tive a oportunidade de ver o Cuba (mas quando cheguei o jogo já estava acabando), joguei o Wings of War (vedete do momento no BG-BR cujo o coro eu reforço de que o jogo é muito divertido e rápido), e pude estrear o meu Factory Fun (resenha e impressões acima).

Ficou a impressão de que um evento assim no Rio deveria ser feito de outra forma, pois mesmo tendo como "target" a galera do video-game (que acredito ser maior que a dos jogos de tabuleiro), não está dando ibope nenhum. Uma pena.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Autores... Os culpados pelo nosso vício...

Resolvi fazer um TOP 5 dos autores que eu mais gosto, e explicar o por que da minha preferência:

1 : KLAUS TEUBER
Settlers of Catan, Domaine e Elasund

Pra mim com certeza o melhor dos autores, os jogos dele são divertidos, fáceis de explicar aos novatos (inclusive com tutoriais on-line), e tem uma rejogabilidade muita alta. O cara apesar de apostar quase sempre em variações da franquia Catan, dificilmente erra a mão.

2 : WOLFGANG KRAMER
El Grande, 6 Nimnt! e Sunken City

Pra mim a grande diferença entre o Teuber e o Kramer, é que o segundo tem jogos mais complexos, e por isso, mais difíceis de mostrar aos iniciantes no mundo dos jogos modernos. Apesar disso, também tem jogos da linha "filler" muito interessantes. Como a produção do Kramer é maior, as vezes erra feio.

3 : REINER KNIZIA
Traumfabrik, Ingenious e RA

Esse é o problema do meu 3º colocado, o volume de jogos, o cara é uma fábrica de jogos, mas isso faz com que saiam jogos bem ruins, mas quando ele acerta saem jogos divertidos, com mecânicas legais e bons de jogar. As vezes é preciso mais de uma vez para "pegar" determinado jogo, mas quando você entra no clima geralmente fica viciado nos seus jogos.

4 : MARTIN WALLACE
Age of Steam, Conquest of the Empire e Princes of the Renaissance

O meu 4º colocado não é autor para "crianças", na maioria dos casos, seus jogos são densos e cheios de decisões, mas isso não diminui em nada a qualidade dos jogos, acho até que faz com que você fique mais fascinado por eles.

5 : FRIEDEMANN FRIESE
Fearsome Floors, Powergrid e Funny Friends

Por último no meu TOP 5, o cara responsável pelos jogos mais divertidos visualmente, graças a constante colaboração do desenhista Maura Kalusky. Jogos como os citados acima são divertidos, bonitos e apesar de terem regras mais detalhadas, são tranquilos de explicar para os novatos. O Friese só não está mais acima da minha lista por não ter uma produção maior.

São esses os autores que geralmente você vai pra mesa jogar apenas pelo nome do cara, ficaram de fora outros que tem menos jogos, e por isso perdem pelo volume, mas mesmo assim tem grande qualidade. Mas aí teríamos um TOP 10 ou mais, e eu preferi uma lista menor.